O segundo painel do dia, apresentado pelo vice-presidente da ABiogás, Gabriel Kropsch, focou no futuro do biogás, abordando a parte da regulamentação e projetos em desenvolvimento. A mesa contou com Rafael Barros, da EPE, Margarete Gandini, do Ministério da Economia, Paula Campos, da ARSESP, Fernando Camargo e Alessandro Cruvinel, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Gustavo Bonin, da Scania, e Sidnei Vital Guimarães da Aggreko.
Para o secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação, Fernando Camargo, do Ministério da Agricultura o biogás brasileiro é diferenciado. “Ao contrário de outros países, o nosso biogás está desvinculado de qualquer tipo de subsídios, porque ele vai se pagar. Resolvemos um passivo ambiental e geramos energia. Sem falar das possibilidades nas possibilidades do hidrogênio verde”, comentou.
Rafael Barros, consultor da Empresa de Pesquisa Energética, apresentou um panorama do biogás no Brasil, que embora ainda seja pouco explorado, vem crescendo ano a ano. Em 2020, foram produzidos 2,2 bilhões de metros cúbicos de biogás, totalizando 675 plantas. Só neste ano, 148 novas usinas deram partida, um crescimento de 22% em relação a 2019.
Margarete Galdini falou sobre o trabalho do Ministério da Economia em conjunto com outras entidades do setor, inclusive a Abiogas, destacando o projeto Corredores Sustentáveis, programa que prevê a instalação de postos de gás para caminhões nas principais rodovias, entre outros objetivos.
Paula Campos falou sobre a atuação das agências reguladoras no fomento do mercado livre de gás no Brasil. Já Gustavo Bonini abordou soluções da Scania para atender o atual mercado que já demanda por produtos que priorizam a sustentabilidade. Por fim, Sidnei Vital, da Agrekko, ressaltou o potencial do biogás na parte elétrica e as vantagens ambientes, sociais, econômicas e energéticas do biocombustível.