Felipe Borschiver, do Lab, apresentou o Fundo Garantidor do Biogás, proposta desenvolvida pela ABiogás e que foi lançada este ano pelo The Lab. O Lab identifica, desenvolve e dá suporte a instrumentos financeiros inovadores que atraem bilhões de dólares em investimentos privados para projetos de resiliência e adaptação climáticas.
Segundo Felipe, não existe um gargalo de crédito para o setor de biogás no Brasil, o problema está na exigência de garantias, especialmente no período de construção. Para resolver este dilema que o Fundo foi criado, o primeiro com foco ambiental no país. O portifólio inicial tem R$ 1 bilhão em operações de créditos mapeadas. Serão destinados R$ 300 milhões em garantias para 16 projetos selecionados e o fundo terá duração de 10 anos. ‘Não existe um gargalo de créditos, mas uma falta de garantia principalmente durante a construção dos projetos. A solução foi criar o Fundo Garantidor do Biogás, uma proposta da ABiogás desenvolvida com o Lab, que é o primeiro fundo com foco ambiental do Brasil”, disse
Raphael Stein, do BNDES, falou sobre o Fundo Clima, que desde 2011 já realizou 1030 operações, com investimento total de quase R$ 2 bilhões. Entre os projetos de biogás que já receberam investimentos do Fundo Clima estão a produção de biogás a partir da criação de suínos, da Copacol, no Paraná. A usina da Cocal em Narandiba com produção de biogás a partir da vinhaça, o biogás de aterro da Termoverde Caieiras, em São Paulo
Parceira da ABiogás na certificação do Biometano, Talita Martins, do Bureau Veritas, destacou que utilizar o biogás vem a corroborar com os objetivos apresentados na COP26, uma vez que o Brasil precisa utilizar as tecnologias alternativas atualmente disponíveis em detrimento de novas futuras que ainda não estão consolidadas, a fim de trazer um ganho imediato em larga escala de remoções de gases de efeito estufa.
Por fim, Leidiane Mariani, do BEP/ Instituto 17 respondeu a pergunta por que investir em biogás? “Porque ele pode gerar energia, desenvolvimento regional distribuído, inclusão social, equidade de gênero, ganhos econômicos e criação de cadeia de valor mais distribuída”, concluiu.
