VIII Fórum do Biogás: ABiogás anuncia lançamento de certificado de Biometano

Share on facebook
Share on google
Share on twitter
Share on linkedin

A ABiogás vai lançar um certificado de Biometano até março. A novidade foi anunciada pelo presidente da ABiogás, Alessandro Gardemann, durante a mesa-redonda sobre Mercado de Carbono, exclusiva para os participantes presenciais do VIII Fórum do Biogás. “É essencial para o mercado de biometano brasileiro ter um padrão adequado à realidade brasileira, baseado na melhor ciência”, disse.

Segundo Gardemann, o certificado será elaborado com a colaboração de parceiros, como a Confederação Nacional da Indústria (CNI). “Temos que garantir a origem, o destino, a qualidade, o processo produtivo e as emissões fugitivas, garantindo, de fato, aquilo que está sendo descarbonizado”, explicou.

Coordenadora de Mudanças Climáticas e Transição Energética na CNI, Juliana Falcão, explicou as diferenças entre o mercado voluntário e o mercado regulado, criado pelo Artigo 6 do Acordo de Paris e regulamentado na COP26.
“No sistema de Kyoto havia uma clareza muito grande de que havia uma demanda e uma oferta. No novo mercado estabelecido pelo artigo 6, não existe mais esta clareza, todos podem comprar e todos podem vender. Isso traz um desafio para os países como o Brasil, que vão querer vender e vão ter a concorrência de países desenvolvidos também querendo ofertar seus projetos”, comentou.

Juliana também falou sobre o comércio de emissões, um instrumento de precificação de carbono, que não tem necessariamente ligação com o artigo 6 e que é um dos mais adotados do mundo. “Este instrumento permite uma flexibilização ao setor que vai ser regulado, de como ele prefere reduzir suas emissões. A gente defende este mercado, porque entendemos que a questão da precificação de carbono já bateu à nossa porta, ela já está aí”, afirmou.

Advogada especialista em Direito da Energia, Maria João Rolim também fez uma explanação sobre as diferenças entre os mercados de crédito de carbono. “O que o Acordo de Paris trouxe no Artigo 6 foi esta alteração de foco que vinha do Protocolo de Kyoto. Este separava bem os mundos de quem ia comprar e de quem ia vender. No Acordo de Paris, isso mudou e os países se misturaram nesta questão da compra e venda de créditos, na medida em que países como o Brasil hoje também têm metas de redução”, explicou.

Comente aqui: