Resumo do Mês: Veolia inicia operação de novas usinas; CBIO dispara na B3; Congresso lança Frente de Recursos Naturais e Energia; e Coalização pelas Energias Renováveis

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Veolia inicia operação de três novas termelétricas a biogás

Atuando na gestão de água, resíduos e energia, a Veolia iniciou em outubro a operação de três novas termelétricas a biogás. Com cerca de 12.400 kW de potência acumulada, as três plantas, localizadas em Iperó, na região de Sorocaba (SP), e em Biguaçu (SC), vão consumir 6.400 Nm³/h do energético gerado a partir de resíduos de aterros operados pela companhia. A energia elétrica produzida será suficiente para cobrir o consumo de cerca de 42 mil habitantes.

“Estas termelétricas fazem parte do plano estratégico mais amplo da Veolia no Brasil, que é transformar os centros de gerenciamento de resíduos em parques tecnológicos ambientais, com uma oferta aprimorada e integração de serviços voltados para a economia circular e a redução da pegada de carbono”, diz Pedro Prádanos, CEO da Veolia Brasil.

A Veolia opera seis aterros sanitários no Brasil, além de atuar em serviços de distribuição de água e tratamento de esgoto em Palhoça (SC). Além do investimento em geração elétrica a partir do biogás, a empresa está estudando a purificação do energético em biometano, para uso na rede de gás ou como combustível para automóveis.

Globalmente, a companhia possui grande experiência na área de saneamento, levando água potável para 95 milhões de habitantes e saneamento para 62 milhões de pessoas, além de já ter produzido cerca de 43 milhões de megawatt/hora, a partir de 47 milhões de toneladas de resíduos.

 

CBIO dispara na B3 com redução da produção de etanol de cana

A quebra na produção de etanol de cana na safra 2021/2022 gerou forte valorização dos preços dos Créditos de Descarbonização (CBios) na B3 em setembro. Os papéis foram negociados por R$ 40,57, em média, aumento de 48% em relação ao preço médio de agosto.

Outro efeito foi o aumento da liquidez do título. Foram negociados 11 milhões de CBios em setembro, o que corresponde a quase metade dos volume apurado entre janeiro e agosto, quando foram negociados 23,5 milhões de créditos.

Em relação às metas compulsórias das distribuidoras de combustíveis, as distribuidoras haviam aposentado 4,8 milhões de títulos até o fim de setembro. Outros 16 milhões de CBios tinham sido comprados por essas empresas, mas ainda não retirados do mercado. Como a meta global para 2021 é de 25,22 milhões de títulos, no fim de setembro faltavam as distribuidoras adquirirem 4,1 milhões de CBios.

 

Congresso Nacional lança a Frente Parlamentar de Recursos Naturais e Energia

No final de outubro, com a adesão inicial de 26 senadores e sete deputados, foi instalada a Frente Parlamentar de Recursos Naturais e Energia (FPRNE). A frente foi criada para promover debates, incentivos e propostas legislativas sobre políticas que estimulem o uso sustentável dos recursos e a geração e o consumo responsável de energia de todas as matrizes. Um dos objetivos do grupo é colaborar com a transição energética no Brasil.

O senador Jean Paul Prates (PT-RN) foi eleito presidente do grupo, que terá como vice o deputado Lafayette de Andrada (Republicanos-MG). Autor da proposição para a criação da FPRNE, Prates disse que outros parlamentares ainda podem se juntar aos trabalhos, e que a intenção é integrar todos os segmentos de energia, de modo a evitar competições predatórias.

“Essa é a grande frente do Congresso Nacional que vai reunir todas as fontes, renováveis e não renováveis, abordando aspectos sociais, ambientais e econômicos”, afirmou o senador.

Sete frentes parlamentares lançam coalizão pelas energias renováveis

Sete frentes parlamentares do Congresso Nacional lançaram uma coalizão inédita em prol de políticas voltadas às energias renováveis. O movimento é capitaneado pela Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBIO), com participação das frentes parlamentares da Agropecuária (FPA), do Setor Sucroenergético, de Defesa das Energias Renováveis, da Bioeconomia, de Desenvolvimento Regional e Sustentável e da Economia Verde.

A coalizão apresentou um documento para divulgar o potencial do Brasil na mitigação das alterações climáticas. “É um movimento único e inédito na história do Congresso Nacional. Deputados e senadores de sete frentes parlamentares e diferentes partidos unidos, pelo desenvolvimento nacional e pela sustentabilidade a partir do uso de energias e combustíveis renováveis, como o biodiesel e o etanol”, disse o deputado federal Pedro Lupion (DEM/PR), presidente da FPBIO.

De acordo com Lupion, expor como o país está engajado nos esforços pela descarbonização e pelo estímulo à bioeconomia servirá como importante ferramenta para que o mundo olhe para o país com o papel de protagonista. Principalmente porque o Brasil tem geração de oportunidades de maneira sustentável.

“O objetivo é fomentar e criar efetivamente uma biocoalizão no Congresso, junto ao setor produtivo e às entidades que o representam para que possamos mostrar que produzimos energia limpa e barata, combustíveis limpos e baratos e que nós temos desenvolvimento econômico com preservação ambiental.”

 

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