Resumo: Início da produção da Cocal, nova usina da Vivo, meta do RenovaBio e reajuste do gás

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Cocal deve começar a produzir biometano neste mês

 

O mês de agosto deve marcar o início da produção de biometano na usina de Narandiba (SP), do Grupo Cocal, que produz açúcar e etanol. Com investimentos de R$ 139 milhões, a planta começou a operar em junho, produzindo biogás, e em setembro, o biometano deverá ser injetado nas redes da GasBrasiliano, concessionária de gás canalizado da região Noroeste de São Paulo. 

A planta tem capacidade para produzir anualmente 33,5 milhões de Nm3 de biogás a partir de vinhaça e torta de filtro, com potencial para expandir essa produção com palha. Serão utilizados 1,5 milhão de m3 de vinhaça, 135 mil toneladas de torta de filtro e 10 mil toneladas de palha. 

Segundo o diretor Comercial e Novos Produtos da Cocal, André Gustavo Alves da Silva, 47% do biogás produzido serão usados para geração de energia elétrica, e os 53% restantes vão ser purificados para biometano e injetado nas redes de distribuição. “A exportação de energia será de até 33,3 mil MWh, e a purificação de biogás vai gerar 8,9 milhões de Nm3 de biometano”, explicou. 

Além de ser a primeira planta de biometano a partir de resíduos da produção sucroenergética, o projeto representa um marco para o setor de açúcar e etanol, ao gerar energia durante os 12 meses do ano com o biogás. 

O biometano da Cocal vai abastecer as cidades de Narandiba, Pirapozinho e Presidente Prudente, no noroeste paulista. O combustível também irá substituir o diesel na frota utilizado na frota de veículos da companhia. 

A produção e distribuição de biometano na usina de Narandiba integra o projeto “Cidades Sustentáveis”, liderado pela GasBrasiliano. O projeto prevê a instalação de 65 quilômetros de redes dedicadas ao bioenergético para atender a região do entorno de Presidente Prudente, além da produção do combustível a partir de resíduos da produção sucroenergética. O investimento total previsto no projeto – incluindo os aportes da Cocal e da GasBrasiliano – é de R$ 160 milhões. 

 

Vivo inaugura em Pernambuco sua primeira termelétrica a biogás no Nordeste 

A operadora de telefonia Vivo inaugurou em Caruaru (PE) sua primeira usina a biogás na região Nordeste. A usina, construída e operada pelo Grupo Gera, foi instalada no aterro sanitário da cidade e tem capacidade de gerar 18.834 MWh ao ano. A energia vai atender mais de 1.100 unidades consumidoras da Vivo em Pernambuco, incluindo lojas, sites e antenas. 

Desde o ano passado a Vivo realiza a expansão do modelo de geração distribuída (GD) com as fontes solar, hídrica e biogás em todo o Brasil. A iniciativa prevê a instalação de mais de 70 usinas operando em 23 estados, além do Distrito Federal. Com a operação da planta de Caruaru, já são 17 ativos em funcionamento, e a expectativa é de que a maioria das plantas esteja pronta até o final de 2021. 

As plantas de GD responderão por mais de 80% do consumo da Vivo em baixa tensão, atendendo mais de 28 mil unidades. Além de contribuir com o meio ambiente, a medida deve gerar uma economia anual importante nos gastos da Vivo com energia elétrica. A produção anual será de cerca de 670 mil MWh, suficiente para abastecer uma cidade de até 300 mil habitantes. 

 

MME propõe aumento de metas de descarbonização para 2022 

O Ministério de Minas e Energia (MME) propôs elevar em 5,3% a meta de descarbonização das distribuidoras de combustíveis para 2022, no âmbito do RenovaBio, aprovada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) no ano passado. A proposta do MME, cuja consulta pública se encerra em 6 de agosto, indica uma meta compulsória anual de 35,98 milhões de Créditos de Descarbonização (CBIOs).  

A proposta ainda está dentro do intervalo de tolerância – entre 25,67 milhões e 42,67 milhões – determinado no ano passado, quando o MME reduziu todas as metas até 2030 por causa da queda do consumo de combustíveis provocada pela pandemia de Covid-19. Entretanto, o ministério decidiu revisar para cima os números, por causa da recuperação do mercado de combustíveis no país. 

Já a ANP publicou uma atualização das metas individuais compulsórias das distribuidoras de combustíveis para 2021. Houve uma pequena redução da meta anual, definida pela Resolução CNPE nº 8/2020 para 2021, de 24.860.000 de CBIOs, para 24.859.823 de créditos. O ajuste se deveu à aposentadoria de CBIOs por partes não-obrigadas. 

Segundo o Itaú BBA, na primeira quinzena de julho a emissão de CBIOs na B3 já alcançava 63,8% da quantidade que as distribuidoras precisam comprar até o fim do ano para cumprirem suas metas. De acordo com o banco, foram emitidos 15,89 milhões de créditos, e havia uma oferta inicial de 3,9 milhões de CBIOs, remanescentes de 2020.  

Considerando a aposentadoria de 2,8 milhões de créditos neste ano, havia 17 milhões de CBIOs disponíveis na bolsa no fim da primeira quinzena de julho, segundo o ItaúBBA. 

 

Novo reajuste faz gás natural vendido pela Petrobras acumular alta de 48% no ano 

Entrou em vigor em 1º de agosto o reajuste de 7% promovido pela Petrobras no preço do gás natural vendido às distribuidoras. Somado ao aumento de 39% implementando pela petroleira no início de maio, o preço do energético vendido às concessionárias pela estatal acumula um reajuste de 48,7% em 2021. 

“A variação decorre da aplicação das fórmulas negociadas nos contratos de fornecimento, que vinculam o preço à cotação do petróleo e à taxa de câmbio. As atualizações dos preços dos contratos são trimestrais. A referência para esses ajustes é a cotação dos meses de abril, maio e junho. Durante esse período, o petróleo teve alta de 13%, seguindo a tendência de alta das commodities globais; e o Real teve valorização de cerca de 4% em relação ao dólar, em consequência, o ajuste será de 7% em R$/m³”, informou a companhia. 

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