Nutribrás e Univates apresentam primeiro caminhão do Brasil movido a biometano de suinocultura
O primeiro caminhão do país movido a biometano proveniente da suinocultura foi oficialmente apresentado ao público no final de outubro, durante visita da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, ao município de Sorriso, no Mato Grosso. O protótipo é equipado com um motor híbrido a biometano e também a óleo diesel e foi desenvolvido por uma parceria entre a Universidade do Vale do Taquari (Univates) e a Nutribrás Alimentos.
Segundo o diretor presidente da Nutribrás, Paulo Lucion, a próxima etapa do projeto será o aperfeiçoamento do protótipo. Em breve, a tecnologia deverá ser expandida para os demais veículos da frota da empresa, que inclui veículos leves, caminhões, ônibus e tratores agrícolas.
“Estamos cientes da nossa responsabilidade social e ambiental. Poder contribuir com o desenvolvimento da cadeia produtiva da suinocultura é algo inexplicável”, disse o executivo, ao lembrar que a empresa foi uma das primeiras a utilizarem biodigestores para o tratamento dos resíduos orgânicos.
Biogás de RSU pode gerar energia para 19 mil casas em Rondônia, aponta estudo
Pesquisa feita pelo CIBiogás para a Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero) mostra que o aproveitamento de biogás de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) no estado pode gerar 59 GWh/ano de energia elétrica, capaz de atender cerca de 19 mil residências. Outra possibilidade é gerar 16,8 milhões de m³ de biometano, já que o potencial de Rondônia para produzir biogás a partir de RSU é de 31,7 milhões de Nm³ biogás /ano.
O estudo “Mercado de Biogás e Biometano em Rondônia” avaliou o potencial das fontes no estado a partir de cinco substratos diferentes: RSU, Bovinocultura, Laticínios, Abatedouros de Bovinos e de Pescado. O principal potencial da região está concentrado na bovinocultura de leite e corte, seguido pela fração orgânica de resíduos sólidos urbanos.
Os locais com maiores potenciais de produção são as regiões de Madeira-Mamoré e Central, que juntas acumulam mais de 56% do total de produção de Rondônia. A capital, Porto Velho, tem o maior potencial do estado de produção de biogás a partir de RSU, com 9,8 milhões de m³ por ano. O volume é suficiente para produzir 18 GWh/ano de energia elétrica.
Energisa avalia negócios em biogás e biometano
O Grupo Energisa, que atua nos segmentos de transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica, avalia os mercados de gás natural, biometano, biogás e hidrogênio para investimentos futuros. A informação foi divulgada pelo presidente da companhia, Ricardo Botelho, durante teleconferência com investidores em 12 de novembro,
“Temos uma preocupação há algum tempo de buscar uma diversificação nas nossas atividades. Temos feito evoluções na área de renováveis e encaramos o segmento de gás como uma oportunidade, seja na distribuição, seja na geração. O gás natural é um combustível de transição, mas também temos interesse na área de biometano, biogás e futuramente também hidrogênio”, disse Botelho.
A Energisa controla 11 distribuidoras de energia elétrica, em Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro, Sergipe, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, São Paulo, Paraná, Rondônia e Acre. São 8 milhões de clientes em 862 municípios de todas as regiões do Brasil. Atua ainda em transmissão, serviços para o setor elétrico (Energisa Soluções), comercialização de energia (Energisa Comercializadora), soluções em energias renováveis (Alsol), entre outros segmentos.