Resumo: Aprovado PL da GD na Câmara; IPO da Raízen; hidrogênio verde em estudo na Cegás; e acordo entre Vibra e ZEG para incentivar biometano

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Resumo

 
Câmara aprova texto base do marco legal da geração distribuída
 
A Câmara dos Deputados aprovou o projeto que estabelece a transição para a cobrança de encargos e tarifas de uso dos sistemas de distribuição da micro e minigeração distribuída. Segundo o texto aprovado, até 2045 os micro e minigeradores existentes pagarão os componentes da tarifa somente sobre a diferença, se positiva, entre o consumido e o gerado de forma alternativa e injetado na rede de distribuição. A regra também valerá para consumidores que pedirem acesso à distribuidora, por meio do Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE), em até 12 meses da publicação da futura lei.
 
Com 476 votos a favor e três contra, o texto-base aprovado foi o substitutivo do relator, deputado federal Lafayette de Andrada (Republicanos/MG), para o Projeto de Lei 5829/19, apresentado pelo deputado Silas Câmara (Republicanos/AM). O texto seguiu para o Senado Federal, onde também será votado. Caso haja alguma modificação, o texto retornará para nova análise dos deputados.
 
Quando a tramitação do projeto for concluída, o assunto retorna ao governo federal. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) terá seis meses para definir as diretrizes e, posteriormente, a Aneel deverá apresentar em outros 18 meses o detalhamento da valoração dos benefícios da mini e microgeração distribuída – base para cálculo da compensação.

 

IPO da Raízen movimenta R$ 6,9 bilhões na B3
 
A Raízen, joint venture entre a Cosan e a Shell que atua nos setores de energia, açúcar, etanol e logística, estreou na Bolsa de Valores (B3) no início de agosto. O IPO da companhia movimentou cerca de R$ 6,9 bilhões, com as ações precificadas a R$ 7,40 e a emissão de mais de 120 milhões de papéis. Foi o maior IPO ocorrido na B3 em 2021 até o momento.
 
Segundo informações da companhia, 80% do valor captado serão destinados à construção de novas plantas e ampliações de sua capacidade de comercialização. Os 20% restantes vão ser divididos entre a criação de novos parques de bioenergia e em infraestrutura de armazenagem e logística.
 
Com 26 unidades de produção de açúcar, etanol e bioenergia, a Raízen tem capacidade instalada para moagem de 73 milhões de toneladas de cana, que produziram, na safra 2019/20, 2,5 bilhões de litros do combustível verde. Em parceria com a Geo Energética, a empresa opera a maior termelétrica a biogás do país, com 21 MW instalados. Foi também a primeira usina a biogás contratada em um leilão de energia A-5, em certame realizado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em 2016.

 

Cegás estuda uso de biometano para produção de hidrogênio verde
 
A Cegás, distribuidora de gás canalizado do estado do Ceará, está estudando a utilização de biometano para a produção de hidrogênio limpo. A companhia distribui 90 mil m³ por dia de biometano, produzido pela GNR Fortaleza no aterro sanitário de Caucaia, região metropolitana da capital cearense, e espera ampliar ainda mais esse volume, que hoje representa 15% do total distribuído.
 
Em entrevista à agência epbr, o presidente da Cegás, Hugo Figueirêdo, contou que a empresa espera ser pioneira na injeção de hidrogênio verde (H2V) na rede de distribuição, tal qual fez com o biometano, em 2017.
 
O Ceará vem liderando a corrida pelo desenvolvimento do mercado de H2V no Brasil, com a implementação de um hub de hidrogênio no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP). O hub já conta com quatro empresas oficialmente interessadas: Enegix, White Martins, Qair e Fortescue, além de mais de uma dezena de companhias na fila de negociação.
 
As companhias internacionais vêm demonstrando interesse pela distribuição do hidrogênio verde no mercado interno.

 

Vibra e ZEG firmam acordo para incentivar biometano a partir dos resíduos de etanol
 
A Vibra Energia (ex-Petrobras Distribuidora) celebrou com a ZEG Biogás e Energia um acordo de cooperação para o desenvolvimento conjunto do mercado de biometano. O objetivo da parceria é fomentar o crescimento deste mercado no país, levando aos produtores soluções tecnológicas para a fabricação de biometano a partir de resíduos da produção de etanol.
 
Para isso, a Vibra pretende viabilizar para as mais de 300 usinas de etanol pertencentes aos 60 grupos industriais com os quais se relaciona uma solução ambientalmente adequada para a vinhaça e efluentes de seus processos produtivos. A ideia é contribuir para a melhoria na produtividade do solo, com consequente melhora dos resultados operacionais das usinas.
 
A ZEG tem experiência reconhecida na produção de biometano, com tecnologia própria que conta com a melhor solução em biodigestor para vinhaça do mundo. Por seu lado, a Vibra tem capacidade de acessar os principais produtores de açúcar e etanol do Brasil, e assim vai utilizar sua capacidade comercial para acelerar a introdução do biometano no mercado. Trata-se, segundo a Vibra, de um mercado potencial superior a 10 bilhões de metros cúbicos por ano, o que equivale a um terço da demanda atual por gás natural no país.
 
Especializada na produção e comercialização de biogás e biometano, a ZEG possui know-how na estruturação de projetos para destinação de biogás de aterros sanitários e agroindústrias. No setor de açúcar e etanol, tem a expertise na utilização de vinhaça para geração de energia e biocombustível.
 
Maior distribuidora de combustível do país, a Vibra traz para o negócio seu amplo relacionamento com os produtores de açúcar e etanol. A companhia está investindo em uma transição para fontes energéticas mais limpas e renováveis e vê um enorme potencial no desenvolvimento do mercado de biometano no país, alinhado à implementação de uma forte agenda ESG.

 

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