Brasil ganha frente para produzir energia a partir de resíduos urbanos

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Planta de biogás da Ecometano em aterro em Fortaleza

A Política Nacional de Resíduos Sólidos completa dez anos em 2020 com poucos motivos para comemoração, já que pouco ela avançou na prática. Apenas 59% de todo resíduo sólido urbano (RSU) recebeu destinação adequada em aterros sanitários. Desta quantidade, apenas 10% é aproveitada para a geração de energia elétrica e menos de 2% do potencial é aproveitado como combustível de transporte ou injetado na rede de distribuição de gás natural.

Em 2018[1], a Abiogás e a Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) analisaram a geração de RSU no Brasil e o potencial de produção de biogás, chegando à conclusão de que apenas com sistemas de captura de biogás nos aterros sanitários existente hoje no país seria possível produzir 10,7 milhões de m3/dia de biometano ou 14,4 TWh/ano de energia elétrica. O aproveitamento energético seria ainda maior se toda a fração orgânica dos resíduos sólidos – 50% do total – fosse direcionada para biodigestores, nos quais a produção de biogás é bem mais eficiente.

Sabendo desse enorme potencial, a Abiogás uniu esforços com outras associações que atuam com resíduos urbanos no país para desenvolver estudos, divulgar informações e propor políticas públicas contribuindo para viabilizar projetos de geração de energia a partir dos RSU.

A Frente Brasil de Recuperação Energética de Resíduos – FBRER foi lançada no dia 2 de junho, em meio à Semana Mundial do Meio Ambiente, formada pelas seguintes associações: Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Associação Brasileira de Empresas Tratamento de Resíduos e Efluentes (Abetre), Associação Brasileira do Biogás (ABiogás) e Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE).

Com esta iniciativa, as associações estão dando um passo mais robusto rumo à promoção do entendimento de que os resíduos não podem mais ser vistos como um problema que demanda uma destinação final, mas como insumos para indústrias, cidades e populações que ganham com a geração de energia limpa, criação de empregos qualificados e melhoria da qualidade de vida.

O anúncio de criação da Frente foi amplamente noticiado pela imprensa, Veja as reportagens que saíram hoje no Valor Econômico e Agência Brasil 

[1] Infográfico disponível no seguinte link: http://abiogas.org.br/infograficos-abiogas-abrelpe-rsu/

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