ABiogásNews | Novembro de 2020
VII Fórum do Biogás acontece em 5 de novembro e tem inscrições gratuitas
O VII Fórum do Biogás será realizado em modo virtual no dia 5 de novembro, com um dia inteiro de conteúdo, das 9h às 19h30, sendo dois painéis na parte da manhã e workshops na parte da tarde. O tradicional evento do mercado brasileiro de biogás e biometano, promovido pela ABiogás, vai reunir especialistas da indústria e representantes do poder público para debater temas que estão na pauta do dia dos setores energético, ambiental e financeiro. As inscrições são gratuitas no site https://abiogas.org.br/forum-abiogas-2020/.
O ano de 2020 está sendo marcado por importantes discussões que tem correlação direta com a indústria do biogás. No setor elétrico, podemos citar as alterações das regras da geração distribuída (GD) e a reforma que está sendo promovida com a chamada Modernização do Setor Elétrico. O Novo Marco do Saneamento, sancionado em julho, e o Novo Mercado de Gás, com a esperada aprovação do Projeto de Lei 4.476/2020 no Senado Federal, também representam oportunidades importantes para o biogás.
Além de todos esses debates, um outro tema tem ganhado especial relevância neste período de coronavírus: a demanda por investimentos alinhados à sustentabilidade e às preocupações com as mudanças climáticas. Nesse sentido, cresce a importância da adoção de critérios ambientais, sociais e de governança (ESG) por parte dos investidores. Por isso, as finanças sustentáveis também farão parte da sétima edição do Fórum do Biogás.
Segundo o presidente da ABiogás, Alessandro Gardemann, o ano de 2020, apesar da crise geral provocada pela pandemia, foi de conquistas para o setor, que registrou marcos importantes, como a inauguração de uma das maiores plantas de biogás do mundo para geração de energia elétrica, da Raízen Geo Biogás, em São Paulo, e a chamada pública para aquisição de 5 milhões de m³/dia de biometano lançada pela Golar Power, entre vários outros empreendimentos. “Nossa meta é chegarmos a uma produção de 30 milhões de m³/dia de biogás até 2030. Para isso, vamos precisar de investimentos da ordem de R$ 40 bilhões, mas estamos otimistas. Com os marcos que tivemos este ano, nossas projeções se tornam cada vez mais factíveis”, afirmou Gardemann.
Hoje, o Brasil concentra cerca de 520 plantas de biogás com uma capacidade de produção de 2,2 milhões de m³/dia do energético. O potencial do país, segundo o cálculo da ABiogás para 2020, é de aproximadamente 128 milhões de m³/ dia, considerando o aproveitamento total dos resíduos da agropecuária, setor sucroenergético e do saneamento.
Programação
Painéis com moderação da jornalista Natália Viri, do site de negócios e investimentos sustentáveis Capital Reset:
9h30 – 10h30 – O papel do biogás na matriz energética brasileira
Alessandro Gardemann – Presidente da ABiogás
José Mauro Ferreira Coelho – Secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME
Heloisa Borges – Diretora de Estudos do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis da EPE
Raphaella Gomes – Diretora de Biomassa e Renováveis da Raízen
11h – 12h30 – O Biogás nas ações de ESG
Gabriel Kropsch – vice-presidente da ABiogás
Gustavo Fontenele – Coordenador de Economia Verde na Secretaria de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação do Ministério da Economia
Gustavo Bonini – Diretor de Assuntos Governamentais da Scania
Luzia Hirata – Equity Research Analyst na Santander Asset Management
Workshops
14h – 15h – Workshop 1 – O biogás na Modernização do Setor Elétrico
Maria João Rolim – Sócia Institucional do escritório Rolim, Viotti & Leite Campos
15h30 – 16h30 – Workshop 2 – O biogás na Geração Distribuída
Bárbara Rubim – Coordenadora em Negócios de Geração Distribuída da Raízen
Gustavo Ortigara – Gerente de Desenvolvimento de Negócios de Gás Natural e Biomassa da Copel
17h – 18h – Workshop 3 – O biogás no Novo Mercado de Gás
Renata Isfer – Assessora de Comunicação Social do MME
Antônio Souza – Consultor e Especialista no Mercado de Gás Natural
18h30 – 19h30 – Workshop 4 – O biogás nos investimentos sustentáveis e ESG
Leisa Souza – Coordenadora do Programa de Agricultura do Brasil da Climate Bonds Initiative
Cristóvão Alves – Analista Chefe da Sitawi Finanças do Bem
RESUMO DAS NOTÍCIAS DE OUTUBRO
Brasil atinge 400 mil unidades consumidoras em geração distribuída, revela a ABGD
O Brasil atingiu 400 mil unidades consumidoras que utilizam variadas fontes renováveis de energia – solar fotovoltaica, hidráulica, biomassa, biogás, eólica, etc. – alimentadas por mais de 305 mil conexões de sistemas de geração distribuída (GD), destacou a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD). A modalidade foi regulamenta no país em 2012 e experimenta uma curva de crescimento sólida nos últimos anos. E apesar das dificuldades trazidas pela Covid-19 neste ano, a expectativa é de um aumento expressivo de unidades consumidoras e conexões em 2021
A maior participação na modalidade é de consumidores residenciais, que correspondem a 72% das unidades cadastradas. Os consumidores comerciais vêm em segundo lugar, com 18%, seguidos do segmento rural, com 7%, e, por fim, consumidores industriais, com 3%, aponta a ABGD.
“Estamos trabalhando para que todo prosumidor não tenha que pagar o custo de disponibilidade, que é a taxa mínima cobrado pelas distribuidoras para manter-se conectado à rede. Com isso, iremos inserir mais 70 milhões de novos consumidores no mercado de GD, que poderão se beneficiar das vantagens da geração distribuída com fontes renováveis de energia”, destacou Carlos Evangelista, presidente da ABGD, em nota à imprensa.
ANP lança Painel Dinâmico de Certificações do RenovaBio
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) lançou em outubro o Painel Dinâmico de Certificações do RenovaBio. Trata-se de uma forma interativa de visualizar dados do programa referentes à certificação da produção e à importação eficiente de biocombustíveis.
O painel disponibiliza informações sobre firmas inspetoras e sobre unidades produtoras de biocombustíveis certificadas no RenovaBio. Também apresenta informações consolidadas referentes à Nota de Eficiência Energético-Ambiental, à fração do volume de biocombustível elegível e à rota de produção de biocombustível certificada.
A ferramenta se destina a empresas, órgãos de governo, universidades, imprensa e à sociedade como um todo, além de estar em sintonia com a Lei nº 13.576, de 2017, que prevê ampla divulgação dos dados do RenovaBio, bem como com a política de transparência adotada pela ANP.
Scania já vendeu 50 caminhões a gás no Brasil, e meta é chegar a 100 ainda este ano
Um ano após apresentar na Fenatran sua nova geração de caminhões para o mercado brasileiro, que inclui versões movidas a gás natural veicular (GNV) e biometano, a Scania comemora a venda de 50 unidades a gás, mesmo com a crise econômica provocada pela pandemia de Covid-19. Com isso, a montadora acredita que irá atingir a meta de totalizar a venda de 100 caminhões do tipo até o fim do ano.
Segundo informações da montadora, pelo menos dez empresas de transporte de cargas já adquiriram os veículos. Em outubro, foi a vez da Transmaroni, que comprou 11 caminhões a gás para rodar em rotas de entrega na região Sudeste.
O vice-presidente das operações comerciais da Scania no Brasil, Roberto Barral, contou que a produção geral de caminhões no Brasil não está acompanhando a demanda, por causa das medidas de cuidado em relação à Covid-19. “A indústria teve de se adequar às novas normas de prevenção e ajustar sua produtividade. Com a retomada dos pedidos, alguns deles estão sendo jogados mais para frente”, confirmou o executivo.
Um problema apontado por Silvio Munhoz, diretor de Vendas da Scania, é a que a atual rede de postos de GNV no país, que soma cerca de 1,5 mil postos, ainda não se adaptou ao nível de pressão que torna mais rápido o abastecimento dos caminhões. “Dá para reabastecer o caminhão com gás a partir desses compressores de baixa pressão usados para automóveis, a única penalidade é que vai demorar bem mais do que se fosse feito com compressor de alta pressão, própria para caminhões”, explica Munhoz.
O executivo afirma que há algumas redes de postos que estão se preparando e investindo em compressores rápidos de alta pressão, como a Petrobras e a Cosan. “Acredito que até o fim de 2021 devemos ter uma boa base de distribuição de gás para pesados, que será muito bem atendida se houver um posto em raio de 300 ou 400 quilômetros, o que já garante uma boa autonomia para os caminhões.”
Quanto ao biometano, alguns clientes da Scania, como a L’Oréal, relataram dificuldade de abastecimento com o biocombustível em rotas de São Paulo, embora tenham disponibilidade no Rio de Janeiro. Contudo, Munhoz lembra que há projetos de várias empresas desenvolvendo trabalhos para distribuição tanto de gás liquefeito (GNL) quanto de biometano em regiões como o Nordeste.
ESTÁ POR VIR
12º Encontro Anual do Mercado Livre de Energia acontece em versão online nos dias 26 e 27 de novembro
O Encontro Anual do Mercado Livre é uma oportunidade para um diálogo técnico e comercial entre geradores, comercializadores e consumidores livres. Em 2020, o encontro acontecerá virtualmente, por meio da plataforma EAML Xperience, com debates e palestras com os principais representantes do segmento sobre temas relacionados ao mercado livre de energia.
Na edição anterior, em 2019, o encontro reuniu cerca de 500 participantes e 60 patrocinadores. Entre os participantes, 65% ocupavam cargos com alto poder de decisão, de acordo com os organizadores.
Informações e inscrições sobre o 12º Encontro Anual do Mercado Livre podem ser obtidas clicando aqui.
NOVIDADES DO SETOR
REA Consult lança manual para investidores em fontes renováveis de energia no Brasil
https://rea-consult.com/en/the-handbook/
SCGás firma termo de cooperação com o CIBiogás para encontrar projetos para uso de biometano em Santa Catarina
https://www.scgas.com.br/scgas/site/noticias/scgas-firma-termo-de-cooperacao-com-o-cibiogas
Raízen inaugura a maior usina do mundo movida a biogás oriundo de torta de filtro e vinhaça
https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2020/10/16/planta-de-biogas-em-sp-pode-produzir-energia-para-abastecer-cidade-de-150-mil-habitantes-por-um-ano.ghtml
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