O Brasil atingiu 400 mil unidades consumidoras que utilizam variadas fontes renováveis de energia – solar fotovoltaica, hidráulica, biomassa, biogás, eólica, etc. – alimentadas por mais de 305 mil conexões de sistemas de geração distribuída (GD), destacou a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD). A modalidade foi regulamenta no país em 2012 e experimenta uma curva de crescimento sólida nos últimos anos. E apesar das dificuldades trazidas pela Covid-19 neste ano, a expectativa é de um aumento expressivo de unidades consumidoras e conexões em 2021.
A maior participação na modalidade é de consumidores residenciais, que correspondem a 72% das unidades cadastradas. Os consumidores comerciais vêm em segundo lugar, com 18%, seguidos do segmento rural, com 7%, e, por fim, consumidores industriais, com 3%, aponta a ABGD.
“Estamos trabalhando para que todo prosumidor não tenha que pagar o custo de disponibilidade, que é a taxa mínima cobrado pelas distribuidoras para manter-se conectado à rede. Com isso, iremos inserir mais 70 milhões de novos consumidores no mercado de GD, que poderão se beneficiar das vantagens da geração distribuída com fontes renováveis de energia”, destacou Carlos Evangelista, presidente da ABGD, em nota à imprensa.
ANP lança Painel Dinâmico de Certificações do RenovaBio
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) lançou em outubro o Painel Dinâmico de Certificações do RenovaBio. Trata-se de uma forma interativa de visualizar dados do programa referentes à certificação da produção e à importação eficiente de biocombustíveis.
O painel disponibiliza informações sobre firmas inspetoras e sobre unidades produtoras de biocombustíveis certificadas no RenovaBio.
Também apresenta informações consolidadas referentes à Nota de Eficiência Energético-Ambiental, à fração do volume de biocombustível elegível e à rota de produção de biocombustível certificada.
A ferramenta se destina a empresas, órgãos de governo, universidades, imprensa e à sociedade como um todo, além de estar em sintonia com a Lei nº 13.576, de 2017, que prevê ampla divulgação dos dados do RenovaBio, bem como com a política de transparência adotada pela ANP.
Scania já vendeu 50 caminhões a gás no Brasil, e meta é chegar a 100 ainda este ano
Um ano após apresentar na Fenatran sua nova geração de caminhões para o mercado brasileiro, que inclui versões movidas a gás natural veicular (GNV) e biometano, a Scania comemora a venda de 50 unidades a gás, mesmo com a crise econômica provocada pela pandemia de Covid-19. Com isso, a montadora acredita que irá atingir a meta de totalizar a venda de 100 caminhões do tipo até o fim do ano.
Segundo informações da montadora, pelo menos dez empresas de transporte de cargas já adquiriram os veículos. Em outubro, foi a vez da Transmaroni, que comprou 11 caminhões a gás para rodar em rotas de entrega na região Sudeste.
O vice-presidente das operações comerciais da Scania no Brasil, Roberto Barral, contou que a produção geral de caminhões no Brasil não está acompanhando a demanda, por causa das medidas de cuidado em relação à Covid-19. “A indústria teve de se adequar às novas normas de prevenção e ajustar sua produtividade. Com a retomada dos pedidos, alguns deles estão sendo jogados mais para frente”, confirmou o executivo.
Um problema apontado por Silvio Munhoz, diretor de Vendas da Scania, é a que a atual rede de postos de GNV no país, que soma cerca de 1,5 mil postos, ainda não se adaptou ao nível de pressão que torna mais rápido o abastecimento dos caminhões. “Dá para reabastecer o caminhão com gás a partir desses compressores de baixa pressão usados para automóveis, a única penalidade é que vai demorar bem mais do que se fosse feito com compressor de alta pressão, própria para caminhões”, explica Munhoz.
O executivo afirma que há algumas redes de postos que estão se preparando e investindo em compressores rápidos de alta pressão, como a Petrobras e a Cosan. “Acredito que até o fim de 2021 devemos ter uma boa base de distribuição de gás para pesados, que será muito bem atendida se houver um posto em raio de 300 ou 400 quilômetros, o que já garante uma boa autonomia para os caminhões.”
Quanto ao biometano, alguns clientes da Scania, como a L’Oréal, relataram dificuldade de abastecimento com o biocombustível em rotas de São Paulo, embora tenham disponibilidade no Rio de Janeiro. Contudo, Munhoz lembra que há projetos de várias empresas desenvolvendo trabalhos para distribuição tanto de gás liquefeito (GNL) quanto de biometano em regiões como o Nordeste.[:]