O presidente da ABiogás, Alessandro Gardemann, está em Glasgow, na Escócia, para representar a associação na 26ª edição da Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP-26). Alessandro vai apresentar o panorama do biogás no Brasil, focando no seu potencial de descarbonização da agroindústria. O executivo também levará a mensagem de apoio à regulamentação do mercado de carbono no país.
O presidente da ABiogás foi convidado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) para integrar a agenda de temas abordados pela comitiva do governo brasileiro na agenda que vai incluir um painel sobre biocombustíveis e energia. Para o executivo, é fundamental elevar a participação do biogás e do biometano na geração de energia no país, e é isso que ele irá reforçar na COP-26.
“A ABiogás vem ampliando sua atuação nos debates sobre o futuro da energia no Brasil para reforçar como o biogás e o biometano são combustíveis cruciais para garantir o abastecimento energético nacional de forma limpa e sustentável e como seu uso pode elevar o patamar de sustentabilidade do agronegócio brasileiro, reduzindo a sua pegada de carbono e ainda gerando créditos de carbono, tornando os projetos mais atrativos economicamente. O planeta precisa de energia e produtos mais sustentáveis, com alta renovabilidade e baixo impacto ambiental. Isso pode ser garantido com o biogás e o biometano. As mudanças climáticas provocadas pelas emissões de gases de efeito estufa são uma realidade cada vez mais difícil. A crise hídrica que o Brasil vive, a pior em 91 anos, é um exemplo óbvio disso. Portanto, precisamos agir agora, acelerando a substituição dos combustíveis fósseis por energético renováveis, como são o biogás e o biometano”, explica Gardemann.
A advogada Maria João Rolim, do escritório Rolim, Viotti, Goulart, Cardoso Advogados, associada da ABiogás, também estará presente na Conferência e abordará o tema do biogás em suas participações. Dra Maria João abordará o uso do biogás como insumo para a produção de hidrogênio verde – combustível que vem sendo apontado como promissor na redução das emissões atmosféricas. A advogada vai destacar como o biogás e o biometano podem ser extremamente vantajosos, tanto financeiramente como ambientalmente, na geração do hidrogênio, substituindo o gás natural de origem fóssil e também a eletricidade.
“Atualmente os debates sobre produção de hidrogênio estão centrados no uso de energia elétrica produzida a partir de fontes renováveis, como a eólica e a solar. Contudo, o biogás e o biometano podem ser utilizados para obtenção do novo combustível com custo menor e usando a mesma infraestrutura usada pelo gás natural, principal insumo utilizado hoje na produção de hidrogênio (nesse caso, o hidrogênio classificado como cinza). É preciso considerar o importante papel desses energéticos nesse novo mercado do hidrogênio”, aponta Maria João.
As participações de Alessandro Gardemann e Maria João Rolim na COP-26 podem ser acompanhadas nas redes sociais da ABiogás e também no site da associação.