ABiogás apresenta panorama do biogás no Brasil na COP26

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O presidente da ABiogás, Alessandro Gardemann, participa nesta quarta-feira, às 11 horas, do encontro da Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas em Glasgow

O presidente da Associação Brasileira do Biogás (ABiogás), Alessandro Gardemann, vai apresentar um panorama do biogás no Brasil, nesta quarta-feira, dia 3/11, na COP26, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que acontece em Glasgow, na Escócia.  O encontro reúne mais de 190 países para discutir ações para frear o aquecimento global, e segue até o dia 12 de novembro.

Em sua apresentação, Alessandro pretende destacar o potencial do biogás na descarbonização da agropecuária, e ressaltar o posicionamento da associação a favor do mercado de carbono regulado. Produzido a partir da decomposição de resíduos orgânicos, o biogás tem um papel-chave na meta brasileira de redução de emissão de gases do efeito estufa, anunciada na abertura da COP26, nesta segunda-feira, dia 1/11, que passou de 43% para 50% até 2030.

Segundo estudo da ABiogás, o Brasil tem um potencial de produção de 120 milhões de m³/dia de biogás, o que significa poder dobrar a produção de gás natural do país, o chamado de pré-sal caipira. Este volume poderia suprir 40% da demanda por energia elétrica e 70% do consumo de diesel. O setor sucroenergético representa quase 50% do potencial, seguido da cadeia de proteína animal, com 32%

“O biogás tem este potencial gigantesco, não explorado e que está sendo desperdiçado. Trata-se de um combustível avançado, carbono neutro, e que pode ajudar a descarbonizar as emissões de metano da agropecuária, em geral, e de tudo aquilo que é difícil de descarbonizar com uma simples eletrificação, como a indústria de aço, de cimento e química, por exemplo”, comentou Alessandro.

Sobre o mercado de crédito de carbono, o presidente da ABiogás defende a regulação, levando em consideração a avaliação do ciclo de vida, mesma metodologia empregada no RenovaBio. “Já temos o mercado voluntário, por isso somos favoráveis à regulação. Entendemos que este mercado regulado deve ser para todos os setores, o que trará mais eficiência e menor custo. A experiência do RenovaBio deve ser utilizada para que os créditos criados neste novo mercado sejam equivalentes, assim como a metodologia de avaliação empregada que considera os impactos ambientais em todo o ciclo de vida do projeto, ou seja, a quantificação das emissões durante todo o processo produtivo”, afirmou.

Introduzido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o RenovaBio é um programa que estabelece metas para estimular o mercado de biocombustíveis e reduzir a emissão de gases que contribuem para o efeito estufa.

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